"Nada foi pensado para agradar A ou B", comenta Sandy sobre carreira

Cantora se apresenta em Porto Alegre neste sábado, no Araújo Vianna



Se antes ainda havia alguma dúvida se Sandy conseguiria se manter nos palcos sem Junior, os dig-dig-joy's e as demais músicas e dancinhas infantis, depois de dois álbuns de estúdio e outros dois ao vivo não se pode negar que a cantora conquistou seu espaço trilhando a carreira solo. Com 33 anos e mãe do pequeno Theo, a filha de Xororó chegou a fazer uma pausa de quase um ano para aproveitar a maternidade. Mas nada de "pés cansados": em 2015, voltou ao trabalho como jurada do SuperStar e já começou uma turnê que deu origem ao CD e DVD Meu canto – Ao vivo. Neste sábado, o trabalho, que inclui sucessos dos discos Manuscrito e Sim, quatro músicas inéditas (sendo uma delas o hit Me espera, criado em parceria com Tiago Iorc), chega a Porto Alegre com um show no Auditório Araújo Vianna.

Em entrevista, Sandy fala sobre a trajetória, a família e a surpresa que o marido, Lucas Lima, o pai e a mãe Noely fizeram na semana passada no programaTamanho família: a música Meu guri, composta por Lucas para a mulher e o filho enquanto a cantora ainda estava grávida foi apresentada ao público pela primeira vez. A canção deve ser incluída no próximo lançamento da Família Lima, previsto para novembro.

O que o público pode esperar da apresentação deste sábado?
É o show do DVD, completinho. Menos os convidados, claro. É um passeio pela minha carreira, desde a época da dupla com meu irmão, um repertório bem variado e intimista. Nunca toquei no Araújo Vianna, mas me falaram muito bem do local, que é ideal para um show intimista.


Sua carreira começou com forte influência sertaneja, mas ao longo do tempo você foi migrando para o pop. Como se deu essa mudança?
Foi de uma maneira muito natural, conforme foi dando vontade. Depois de um tempo, colocamos balé no show da dupla (com o irmão Junior). Conforme a gente foi crescendo, o repertório foi mudando e passamos por algumas transições, até chegar na carreira solo. Mas nada foi pensado para agradar A ou B. Sempre foi natural, senão, não tem graça.


Tua família vem de uma origem musical (sertanejo) completamente diferente da do seu marido Lucas (música clássica). Deve ter uma troca muito rica de experiências, não?
Sem dúvida, é uma soma de coisas muito boas. A gente aprende um com o outro. O gosto do Lucas é muito eclético, ele ouve mais rock, um som mais indie, alternativo. Fez faculdade de Música e estuda música desde sempre. Quando tenho alguma dúvida, pergunto para ele. É muito bom ter isso em casa. Me faz crescer muito.


Você sempre foi a estrela do casal. Agora, o Lucas ganha destaque nacional participando do programa Tamanho família. Como é pra vê-lo tendo essa exposição?
Sempre soube que ele seria uma estrela, casei por interesse (risos). Sempre achei ele o máximo e toda a família talentosa. Conheci o Lucas em 1998, quando, por indicação do meu tio (Chitãozinho), meu pai levou eu e meu irmão para assistir a um show da Família Lima. Estou aplaudindo essa nova fase dele, tenho muito orgulho.


Como foi ver teus pais (Xororó e Noely) e o Lucas cantando a música Meu guri (composta por Lucas para ela e o filho do casal, Theo, no programa Tamanho família, no domingo passado)?
Quando o programa foi ao ar, chorei de novo. No dia da gravação, não conseguia parar de chorar. Era algo totalmente da família, o Lucas fez a canção para mim quando eu estava grávida. Fiquei muito surpresa quando vi minha mãe cantando, superando a timidez. Ela sempre pede para não aparecer em nenhuma foto, nenhuma filmagem. Ver as imagens do Theo também foi muito emocionante. Eles deram um jeito de esconder e gravar sem que eu soubesse. Quando vi o Lucas entrando no palco, desidratei em lágrimas (risos).



O seriado Sandy & Junior, exibido originalmente entre 1999 e 2002, na Globo, está sendo reexibido pelo Viva. Além disso, você também fez a novela Estrela guia (2001). Tem vontade de voltar a atuar?
Dá saudade de vez em quando, foram quatro anos de gravações (da série) muito intensos. Foi uma época mágica da nossa vida. De vez em quando, ainda chega alguma sondagem. Sabe que já tive um convite para fazer uma série em um canal fechado? Acabou não indo para frente, mas era uma série que parecia ser muito legal. Nunca tinha dito isso para ninguém. Já fui convidada para fazer musicais, mas é um tipo de espetáculo que precisa ensaiar muito. E, quando os ensaios acabam, a peça entra em cartaz com três, quatro apresentações por fim de semana. Meu trabalho principal é fazer shows. Sou casada e tenho filho, tenho que me virar em 1000. Se aceitar um convite desses, não consigo cuidar da minha carreira. Mas é uma vontade que tenho.

Show da Sandy em Porto Alegre

Sábado, a partir das 22h.
Auditório Araújo Vianna (Avenida Osvaldo Aranha, 685).
Ingressos: até o fechamento desta edição, ainda estavam disponíveis os bilhetes para plateia alta lateral (R$ 120), plateia alta central (R$ 150) e plateia baixa lateral (R$ 160).
À venda no site ingressorapido.com.br, na bilheteria do Teatro do Bourbon Country, no Campus II da Feevale, em Novo Hamburgo, no Bourbon Shopping Novo Hamburgo (quiosque no segundo piso) e na Agência Brocker Turismo (Avenida das Hortênsias, 1845), em Gramado.


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