Em passagem por Goiânia, Sandy afirma que encontrou seu estilo com música menos popular
Mais próxima de seu público e de seu
estilo, a cantora Sandy se apresentou no último sábado (27) em Goiânia.
Em entrevista coletiva antes do show, ela afirmou estar feliz com o
tamanho da carreira e com o estilo que escolheu para cantar e compor.
Mais autoral e segura da intérprete que é, ela dominou o palco com a
experiência de 22 anos de carreira em seu segundo trabalho solo. “O que
eu sei fazer e o que eu acho que faço melhor é o estilo de música que eu
faço atualmente. É o que me realiza.”
Feliz com as escolhas que fez, a irmã de
Júnior diz que com o novo CD, Sim – com lançamento previsto para maio
–, dará continuidade ao caminho que escolheu após o fim da carreira em
dupla. “Eu não podia cantar bossa nova. Amo bossa nova, jazz, mas não é
isso que eu sou como cantora e compositora. Pode ser que futuramente eu
faça projetos mais na linha do jazz e da bossa nova, mas sempre
paralelos. Eu não me vejo virando uma cantora de MPB”, explica a cantora
que já no fim da dupla participou de projetos solo com esses estilos de
música.
Apesar de não escolher esse caminho, com
Tom Jobim, Lulu Santos e Nando Reis no repertório de show, a artista
expõe o gosto pessoal, que de certa forma influencia seu trabalho.
“Estou mais ou menos em um caminho próximo e acho que tem uma
identificaçãozinha harmônica entre a minha música e a MPB, mas não me
vejo fazendo isso como um projeto principal”, explica após definir seu
trabalho como um “pop alternativo” – que considera uma mistura de várias
influências, ou mesmo o seu próprio estilo –, mas distante do pop de
Sandy e Júnior.
“Já vivi um pouco dessa carreira solo e
hoje as coisas foram consolidando um pouco mais na minha trajetória e
dentro de mim mesma”, avalia após quase quatro anos da produção do
primeiro álbum, Manuscrito, quando começou a buscar o som que iria
fazer. “Agora, faço uma música que é menos popular e, automaticamente, é
para um público menor. Estou amando essa mudança, porque isso combina
muito com o que eu sou como pessoa.”
Multidões
Com 30 anos, a cantora de números
grandiosos, que já se apresentou no Rock in Rio, não se assemelha com a
adolescente que levantava multidões e, longe disso, prefere a descrição e
trabalho para público menor. “Naquela época eu era jovenzinha, gostava
do oba-oba, da galera gritando. Fazia parte daquele momento que eu
estava vivendo. Combinava comigo naquele momento e com meu irmão. O som
que eu faço é o que eu sou hoje. Eu, aos 30 anos, sou essa pessoa. Não
significa que naquela época eu não fosse aquilo. É que a gente vai
amadurecendo, modificando e encontrando realmente nossa personalidade.”
A aproximação com o público também
ajudou na descoberta da nova Sandy e na consolidação do caminho da
artista. “As redes sociais ganharam muita força e aconteceu uma
aproximação muito grande e natural do público com o artista. Mudou tudo,
pra todo mundo eu acho. Mas pra mim mudou muito mais ainda porque saí
de uma carreira com meu irmão onde a gente fazia show para 70 mil
pessoas, 250 mil pessoas”, conta a cantora que agora é capaz de ouvir e
sentir o público bem próximo.
“Hoje é muito diferente trabalhar nesse
meio musical do que era trabalhar na época que fazia dupla com meu
irmão. Claro que no final da carreira, mais perto de 2007, a gente já
estava vendo as mudanças acontecerem, mas agora de fato já mudou”,
avalia, falando do termômetro que possui no palco de casas menores e
fora dele, com a internet.
Fonte: O Hoje
Um comentário:
Que linda!! =)
Amei demais!!!! =)
Bjus.
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